ESSA PUBLICAÇÃO CONTÉM SPOILERS
A primeira temporada de O mundo Sombrio de Sabrina, lidou com a velha disputa do bem contra o mal. Sabrina Spellman (interpretada por Kiernan Shipka ) teve que viver dividida entre o reino mortal e o sobrenatural. Ela não sabia se devia passar pelo batismo e ceder a Satanás ou abrir mão de seus poderes para viver ao lado dos seus amigos mortais. Sabrina finalmente escolheu a primeira opção, comprometendo-se a uma vida de magia. No entanto, mesmo escolhendo esse destino, ela tentar arrumar um jeito para continuar ajudando os seus amigos e familiares.
Ao escolher seguir a Igreja da Noite, Sabrina praticamente deixa a sua vida mortal para trás. E todo aquele desejo de ajudar as pessoas ao seu redor acaba perdendo o encanto. A jovem bruxa se envolve perigosamente com magia que ela não pode controlar, com a intenção de ajudar os outros, e não aprende nada com os próprios erros.
Sabrina é empoderada e luta pela igualdade na Igreja da Noite; ela não se importa com as tradições e mesmo não tendo muito apoio, desafia quem for preciso. Contudo, senti que ao incitar os privilégios de gênero dentro da Academia (mesmo sendo por uma causa justa), ela não fez por merecer. A não ser repetir e usar como argumentação que ela é Sabrina Spellman, filha de um ex Sumo Sacerdote. Acredito que se essa voz fosse de Prudence seria melhor aproveitada, mas vamos voltar a nossa protagonista.
SEUS AMIGOS MORTAIS FORAM IMPORTANTES NESSA NOVA TEMPORADA
Apesar de Sabrina escolher o lado sombrio e se afastar dos seus amigos mortais, eles foram relevantes para essa nova temporada. Susie passa por uma importante transformação e muda a sua identidade. E mesmo tomando essa decisão, continua sofrendo com preconceito e perseguições. Logo nos primeiros episódios, Theo (sua nova identidade) tenta entrar para o time masculino de basquete, porém encontra dificuldades. Mais uma vez, para compensar a sua ausência, Sabrina tenta ajudá-lo lançando alguns feitiços, enquanto Theo estava fazendo o seu teste. Por mais que tenha sido com a melhor das intenções, deixaram de lado a preocupação com o depois. Theo ainda é um péssimo jogador de basquete e mesmo assim é visto como uma estrela. No final das contas, de alguma forma, ele teve que encarar as consequências sozinho.

CHILLING ADVENTURES OF SABRINA
Roz é uma das minhas personagens favoritas da série e fiquei muito feliz com a sua participação nessa temporada. Ela acaba se aproximando de Harvey e vivendo aquele conflito interno sobre se apaixonar pelo ex namorado da sua melhor amiga. Entretanto, fiquei feliz pela naturalidade e a forma com que as duas amigas encararam essa fase. Roz é inteligente e determinada; teve uma momento que ela se deixou levar pelo emocional e quase colocou tudo a perder; mas foi madura o suficiente para identificar seus erros e tentar corrigi-los.
PERSONAGENS QUE MAIS GOSTEI
Gosto tanto do Ambrose! Elé maravilhoso e desejo que tenha mais destaque na próxima temporada. Da mesma forma que amo a Prudence! Sem dúvidas aquele coven só tem graça por causa dela. E o que dizer de Nick? Fiquei apaixonada pela aproximação dele com Sabrina.
Mas quem merece todo o destaque é a Madame Satã. Fiquei preocupada com o seu papel, pois ela não tinha muito o que fazer, já que finalmente a Sabrina está na Academia. Na primeira temporada, Wardwell serviu como mentora para Sabrina, encorajando-a para assinar o livro. Entretanto, ela descobriu que o Lorde das Trevas tem grandes planos para a metade bruxa e estes podem tirar a sua posição ao lado dele. Então, dessa vez ela irá encorajar a Sabrina para abraçar sua natureza de Luz e não alimentar os desejos de Lucifer.
RESUMINDO
Não vou mentir, gostei dessa nova temporada. Apesar disso, senti que não teve muita exploração da história. O principal conflito foi ver Sabrina tentando equilibrar sua natureza e isso deixou aquela sensação de vazio. Gostei das discussões presentes na trama, foi bom ver o Theo passando pela transformação, da mesma forma que gostei dos questionamentos feministas e sobre gênero.
Mas não gostei da forma com que Sabrina foi auxiliada para conseguir o que queria. Ela é impulsiva e apesar de ter boas intenções não aprende com os erros. Isso me faz pensar que ela não merece ganhar uma posição de destaque na Igreja da Noite. Também não apreciei a forma com que a imagem de Lucifer foi desenvolvida nessa fase. Ele passou a série manipulando as pessoas, com vários fiéis jurando lealdade. De repente, pessoas que sempre foram submissas, decidem enfrentá-lo e todas as suas ações foram questionáveis. Ele virou uma piada! Até mesmo as subversões religiosas que dominaram a primeira temporada parecem menos interessantes agora que não há muito o que rebelar.
Já assistiram? O que acharam?
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